A morte de José Saramago é a notícia do dia, pelo menos em Portugal.
Prémio Nobel da Literatura em 1998, o escritor, que vivia em Espanha há já alguns anos, escreveu alguns livros que foram, no seu momento, alvo de grande polémica.
Falo particularmente do "Evangelho Segundo Jesus Cristo" e, mais recentemente, "Caim".
Antes curvo-me sobre a sua memória, porque, goste-se ao não, este é um dos maiores vultos da língua portuguesa, particularmente no Século XX.
No entanto, não deixa de ser curioso que um escritor marcadamente de esquerda (era mesmo militante do Partido Comunista Português) avance com temas religiosos.
Claro que é uma visão pessoal de cada um dos assuntos.
Mas mesmo assim houve muita gente que não gostou da forma de ver os acontecimentos biblicos. Que o diga Sousa Lara e companhia.
Na altura em que foi lançado confesso não resisti a ler o já referido "Evangelho".
Aquilo que mais me chateou foi a dificuldade de ler a escrita de José Saramago.
Como é possível que alguém tenha escrito um livro sem pontuação?
Muitas vezes tinha que começar uma página porque a meio já estava perdido...
Não deixa de ser igualmente curioso que todos os partidos (da esquerda à direita) salientem a personalidade de José Saramago e do seu papel na literatura portuguesa. Esquecem-se (alguns deles) o que disseram do Prémio Nobel no passado.
Mas é assim a vida.
Quando morre uma pessoa, ele é um santo ou um grande homem.
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